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Governo avalia retorno do horário de verão para reduzir consumo de energia no Brasil

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    Colaborador
  • 19 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

O governo brasileiro está considerando a retomada do horário de verão como uma estratégia para reduzir o consumo de energia elétrica, diante da crescente demanda e dos riscos de desabastecimento, especialmente em tempos de crise hídrica. O horário de verão, suspenso em 2019 durante o governo de Jair Bolsonaro, volta à pauta como uma forma de aliviar a pressão sobre o sistema elétrico, já que o país tem enfrentado desafios com a escassez de chuvas e o consequente impacto na geração de energia pelas hidrelétricas.

Razões para o retorno

O principal argumento para a reintrodução do horário de verão é a economia de energia, principalmente nos horários de pico, quando a demanda por eletricidade é maior. Durante o horário de verão, os dias são mais longos, permitindo que a população aproveite mais a luz natural e, assim, reduza o uso de eletricidade no início da noite, um dos períodos de maior consumo.

Especialistas apontam que, apesar de a economia ser relativamente pequena em termos percentuais, ela pode fazer uma diferença significativa em momentos críticos, como os que o Brasil enfrenta atualmente. Além disso, o avanço das tecnologias de consumo, como o aumento do uso de ar-condicionado, tem impulsionado o uso de energia elétrica, tornando ainda mais necessário buscar alternativas para otimizar o uso da rede elétrica.

Impactos econômicos e ambientais

Além da economia de energia, o retorno do horário de verão também é visto como uma medida que pode trazer benefícios econômicos. Com a redução da pressão sobre o sistema elétrico, o governo espera diminuir a necessidade de acionamento de termelétricas, que são mais caras e poluentes, uma vez que dependem de combustíveis fósseis. Isso ajudaria a conter os custos da energia e, consequentemente, a inflação, que é influenciada pelas tarifas elétricas.

Outro ponto relevante é o impacto ambiental, já que o uso de fontes térmicas para suprir a demanda energética gera mais emissões de gases de efeito estufa. A adoção do horário de verão, ao reduzir a necessidade de energia em horários de pico, também contribuiria para uma matriz energética mais limpa.

Retorno ainda em debate

Apesar dos argumentos favoráveis, a decisão ainda está em análise e o governo tem ouvido diferentes setores, incluindo associações empresariais e especialistas em energia. A medida tem defensores e opositores, e o debate sobre sua real eficácia continua. Por um lado, há quem aponte que os hábitos de consumo e o perfil do uso da energia mudaram, e que os ganhos com o horário de verão seriam menores do que no passado. Por outro, há aqueles que acreditam que, em um cenário de crise, qualquer economia é importante.

O governo deve decidir nas próximas semanas se o horário de verão voltará a vigorar em 2024, avaliando o impacto que essa medida poderia trazer para o sistema elétrico e para a economia do país.

 
 
 

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