Após a organização afirmar ter recebido denúncias de assédio, Silvio Almeida entra com ação judicial contra a ONG Me Too.
- Colaborador
- 6 de set. de 2024
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Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos, deve acionar judicialmente a ONG Me Too Brasil, após a organização confirmar ter recebido denúncias de assédio sexual contra ele.
Representado pelo escritório Boaventura Turbay Advogados, Almeida enviou uma interpelação ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal, no âmbito criminal, solicitando que a ONG esclareça seus procedimentos. Ele pede que a entidade seja obrigada a explicar como lida com denúncias e forneça detalhes sobre as acusações feitas contra ele, que ainda não foram totalmente divulgadas.
Em nota divulgada ontem, a Me Too Brasil afirmou que, com o consentimento das vítimas, recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro. A organização, sediada em São Paulo, destacou que as vítimas foram atendidas e receberam suporte psicológico e jurídico.
O ministro solicita que, por determinação judicial, a ONG forneça informações sobre sua atuação no país, especialmente no que diz respeito ao tratamento de denúncias envolvendo autoridades. Almeida questiona os fatos narrados contra ele, pedindo uma descrição detalhada das circunstâncias relatadas.
Além disso, o ministro busca saber quais métodos de apuração e averiguação foram utilizados pela Me Too Brasil após receber as denúncias. Ele também questiona como a ONG comunica essas informações às autoridades competentes, além de solicitar esclarecimentos sobre o armazenamento e tratamento dos dados obtidos.
Por fim, Almeida pede explicações sobre a nota divulgada à imprensa, na qual considera que a Me Too Brasil fez uma "proposição fática" ao divulgar as denúncias.
Os esclarecimentos por parte da ONG só ocorrerão se o Tribunal de Justiça do DF julgar necessário.



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